Campos dos Goytacazes / RJ - segunda-feira, 29 de abril de 2024

Psoríase

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PSORÍASE: UMA DOENÇA FREQUENTE

A psoríase atinge homens e mulheres indistintamente, afetando até 3% da população e sendo mais comum seu aparecimento em pessoas de raça branca e mais velhas. Contudo, a doença também se manifesta em crianças e pessoas de todas as idades. De um modo geral, a psoríase é detectada através de lesões róseas ou avermelhadas com escamas secas e esbranquiçadas na pele. Muitas vezes, estas lesões estão espalhadas por todo o corpo, e em outras, concentram-se nos cotovelos, joelhos e couro cabeludo. Também as unhas podem ser afetadas e raramente, mas também, acontece de atacar as articulações causando a artrite psoriásica.

            Ao contrário de outras doenças, a psoríase é facilmente diagnosticada pelo dermatologista, que usa de seu “olho clínico” para comprová-la, através da observação geral do aspecto do paciente. Exames de laboratório são de pouca utilidade, já que a doença não se manifesta em órgãos internos, mas pode-se utilizar como recurso de confirmação, a biópsia da pele, a partir de um exame simples feito, em ambulatório ou consultório, sob anestesia local, que identifica se a lesão é de fato psoríase.

            A boa notícia é que ela não é contagiosa e não é necessário receio de contato físico com pessoas que têm a doença, e mesmo que exista uma possibilidade de que filhos herdem a psoríase de seus pais, ainda assim, há uma margem significativa de chances de que isso não aconteça. A causa da doença ainda não é totalmente esclarecida pela ciência. As pesquisas indicam que além da predisposição genética, há fatores como: estresse emocional, traumas, irritações na pele, infecções de garganta, baixa umidade do ar e uso de alguns medicamentos que podem causá-la. Por isso, o acompanhamento de um dermatologista é essencial e a ele devem ser relatadas todas as questões que envolvem o paciente, inclusive, sobre medicamentos que utiliza.

            O tratamento envolve, desde o uso de simples pomadas, até o de medicamentos injetáveis ou banhos de luz (fototerapia). Antes de iniciar o tratamento, o paciente deve ser examinado pelo dermatologista e avaliado, a indicação para seu caso. É importante lembrar, que cerca de 80% dos pacientes têm formas leves e moderadas e que podem ser controladas apenas com tratamentos locais como:

  • Pomadas,
  • Loções;
  • Xampus;
  • Géis;
  • Sprays à base de corticosteróides, coaltar, tazarotenos e piritionato de zinco.

            Nas formas mais avançadas, além da fototerapia (em sessões de duas a três vezes por semana) são utilizados medicamentos de uso interno como ciclosporina e acitretina, exigindo supervisão médica e exames de laboratório para o controle de possíveis efeitos colaterais. De qualquer modo, é muito importante o uso diário de hidratantes e substâncias que ajudem a manter a pele com menor escamação possível, como o uso de óleo mineral e vaselina salicilada.

            De modo geral, é difícil prevenir-se contra a doença, porque suas causas não são totalmente esclarecidas e não se pode antecipar-se a seu aparecimento. Curiosamente, mulheres grávidas psoriásicas podem até melhorar durante os nove meses de gestação, embora, certos medicamentos devam ser evitados como o metotrexate. Pessoas com psoríase podem fazer dietas, porém, é alertado que evitem bebidas alcoólicas.

            A prevenção contra as recaídas ou agravamento das lesões é feita com a conscientização de que ela é relativamente benigna e não contagiosa. Evitar o estresse e tratar rapidamente as infecções que surgirem, sobretudo na garganta, e evitar cortes, queimaduras e traumas na pele são as demais indicações. O alerta para o paciente é de que jamais deve utilizar corticosteróides por via oral ou injetável e medicamentos que agravam a doença e, em contato com seu médico, informar sobre uso de qualquer outro remédio. Embora, não se possa falar em cura definitiva da psoríase, o paciente pode viver com qualidade de vida, a partir do tratamento sério da doença.